quinta-feira, 29 de abril de 2010

Em que momento matamos os pequenos cientistas?


Escrito em abril 13, 2010 11:00 AM, por Breno Alves Guimarães de Souza

Trabalho em uma empresa que produz material didático de ciências para alunos do ensino fundamental. Esse material consiste de livros para cada série e um conjunto de componentes que serão utilizados na parte prática. Mas o importante é que este projeto está sendo implementados em escolas municipais e, com isso, tenho acompanhado algumas unidades escolares para ajudar nessa implementação.

Em algumas vistas, observamos aulas dadas pelos professores. Assim, podemos dar um retorno sobre possíveis intervenções que ajudam no andamento do conteúdo a ser dado. E foi em uma destas visitas que tive uma linda surpresa. A aula era dada para o 3° ano (antiga 2° série do primário) e tinha como tema tipos de solo. Na abertura da aula, os alunos fazem uma lista do que eles acreditam que podem encontrar quando analisarem uma amostra de solo e, em seguida, eles analisam (com o auxílio de uma lupa) uma amostra de terra de jardim. Eles viajam no que podem (ou desejam: escorpião, cobras...) encontrar no solo e, depois, são confrontados com o que realmente encontram.

No decorrer do prática, a professora perguntou: o que um cientista faz? Isto porque ela queria ver se os alunos conseguiriam refletir sobre as atividades que eles próprios realizaram. Eles pensaram sobre um assunto, fizeram hipóteses do que e do por quê poderiam encontrar no solo, analisam uma amostra e, finalizando, confrontavam com o que eles encontraram. Neste momento, uma aluna, no alto dos seus 10 anos de idade, responde a professora:

"Poxa professora, o cientista observa uma coisa, pensa sobre ela, depois
ele faz uma experiência. Aí ele confirma ou não o que tinha imaginado!"

Isso mesmo! 10 ANOS DE IDADE! De uma escola MUNICIPAL do Rio de Janeiro. Ela consegue descrever, simplificadamente, as etapas do pensamento científico. Coisa que alguns estudantes universitários, mestrando, doutorandos e professores universitários já esqueceram ou não são capazes de refletir sobre isso. Mas em que momento isso se perde? Qual caminho, entre essa garotinha de 10 anos e um pesquisador, é trilhado para que se perca essa reflexão?

Será que é um ensino fundamental que mata a criatividade de qualquer criança, tentando encaixá-las em moldes do que o mundo "corporativo" precisa? Ou será que um ensino médio adestrador para o vestibular (fórmulas, musiquinhas para decorar conteúdos simulados e outros dispositivos empobrecedores de gênios)? Ou será uma universidade distante do que a sociedade necessita da carreira (por exemplo, uma Biologia voltada para pesquisa acadêmica, enquanto os biólogos perdem espaço para engenheiros ambientais nas indústrias)? Ou uma pós-graduação preocupada somente em publicar artigos em revistas internacionais, renegando problemas nacionais para se encaixarem no assunto da "MODA" e conseguir mais um trofeuzinho no Lattes?

De onde saímos? Para onde vamos?
Isso me preocupa. Matamos milhares de mentes criativas todos os dias. Nosso sistema de ensino baseado em um professor palestrante cuspindo giz nos seus alunos é cruel. Nosso sistema de avaliação de pesquisadores é injusto. Sim, mas e aí? O que podemos fazer? Seremos marginais do status quo? Acredito que não, mas temos o dever de mostrar o outro lado. Estudar é interessante, alunos não são ignorantes (eles tem muito a dizer, mesmo os menores), passar no vestibular é importante, mas não viremos robôs e pesquisar é uma arte, mas querer ver cifrões como fim dos projetos é maluquice. Que discutamos, que reflitamos e que sejamos encorajados a isso por nossos professores e orientadores.

Mas aí que é o problema, pois se os que nos educam foram também educados dessa forma? É necessário a quebra de um paradigma educacional centenário e isso requer revolucionários de natureza dentro do sistema. Precisamos formar esses revolucionários, professores formando alunos críticos, orientadores formando pesquisadores críticos, em suma, cidadãos críticos formando cidadãos críticos. Procure pessoas assim, formem seu coletivo, se ajudem e fujam dos retrógrados, conformistas e pessimista. Pois como já dizia o poeta: Isso tem que começar em algum lugar, isso tem que começar em algum momento, que melhor lugar que aqui, que melhor momento que agora! (quero ver quem descobre o autor desse pensamento!) Pois senão, não tem como fugir:

Minha dor é perceber
Que apesar de termos
Feito tudo, tudo,
Tudo o que fizemos
Nós ainda somos
Os mesmos e vivemos
Ainda somos
Os mesmos e vivemos
Ainda somos
Os mesmos e vivemos
Como os nossos pais...

Belchior



quarta-feira, 28 de abril de 2010

Número de falsos antivírus cresce, diz relatório do Google

LONDRES (28/04/2010) - Falso software antivírus está se tornando um problema cada vez mais comum na internet, com seus criadores usando métodos engenhosos para enganar os usuários e convencê-los a instalar os programas, de acordo com um novo relatório divulgado pelo Google.

A empresa conduziu um estudo ao longo de 13 meses que analisou cerca de 240 milhões de páginas web, e descobriu que 11 mil domínios estavam envolvidos na distribuição de flaso software antivírus. No total, este tipo de programa representa 15% do software malicioso na internet.

Há milhares de versões de falso software antivírus, mas todos funcionam com base na premissa de alertar os usuários de que seu computador está infectado com malware. O usuário é então convencido a comprar o software, que muitas vezes parece algo legítimo, mas simplesmente não funciona.

"Sites de falso software antivírus mais recentes estão usando código JavaScript complexo para imitar o visual e comportamento da interface de usuário do Windows", de acordo com o relatório do Google. "Em alguns casos, o software é capaz de detectar a versão do sistema operacional em uso na máquina do usuário e ajustar sua interface para que fique com aparência similar".

Os sites perguntam se o usuário quer limpar sua máquina, o que causa o download do falso software. Em vez de se disseminar usando vulnerabilidades no computador da vítima, os programas se espalham através de técnicas de engenharia social, diz o Google.

Os golpistas por trás do falso software antivírus frequentemente usam publicidade online atrelada a palavras-chave populares, embora o Google diga que filtra as URLs anunciadas para se livrar de endereços maliciosos.

O Google coloca estes domínios em uma "lista negra" e avisa seus usuários, mas os desenvolvedores de falso software antivírus trocam os domínios que hospedam seus programas cada vez mais rápido, para evitar o bloqueio.

Um domínio hospedando falso software antivirus era capaz de servir conteúdo por até 100 horas em abril de 2009, disse o Google. Mas este número caiu para menos de 10 horas em setembro de 2009, e menos de uma hora em janeiro deste ano.

"Esta tendência aponta para a rotação de domínios, uma técnica que permite aos malfeitores enviar tráfego para um número fixo de endereços IP através de múltiplos domínios", diz o relatório. "Tipicamente isto é conseguido configurando um número de domínios de fachada, seja como sites dedicados ou infectando sites legítimos, que redirecionam os navegadores para um intermediário sob controle dos criminosos".

O Google também descobriu que fabricantes legítimos de antivírus estavam tendo mais problemas para identificar os falsos programas devido a um elevado nível de "polimorfismo", uma técnica utilizada para fazer com que um aplicativo pareça ser único e evitar ferramentas de busca por malware.

Falsos programas antivírus não escapam da mira das entidades regulamentadoras. Após uma reclamação da Federal Trade Comission (FTC), uma corte distrital nos EUA ordenou duas empresas e seis pessoas a parar a venda de falsos produtos de segurança como WinFixer, WinAntivirus, DriveCleaner, ErrorSafe e XP Antivirus.

Como parte do caso, a FTC impôs uma multa de US$ 1.9 milhões a James Reno e sua empresa de hospedagem na web, a Bytehosting Internet Service de Ohio. Posteriormente, o valor foi reduzido para US$ 116.697 em junho de 2009.

Créditos: PC World
http://pcworld.uol.com.br/noticias/2010/04/28/numero-de-falsos-antivirus-cresce-diz-relatorio-do-google/

segunda-feira, 26 de abril de 2010

A história da Internet em um container.

Conhece o site Archive.org? Ele é uma espécie de máquina do tempo, biblioteca e cemitério da Internet, tudo num mesmo lugar. Nele, você consegue saber o layout e as informações publicadas em todos os sites da internet em alguma data do passado, inclusive a primeira versão do Olhar Digital, olha lá!

Recentemente, a SUN patrocinou a hospedagem desse site e hospedou todos os seus servidores dentro de um único container. Agora, toda a história da internet está guardada em uma única caixa. Confira!




Fonte: www.olhardigital.com.br

De onde vem? A Energia Elétrica.

Série da TV Escola que explica de uma forma bem dinâmica diversas curiosidades científicas.