segunda-feira, 19 de março de 2018

Material para a aula do dia 20/03 - "Explorando o Espectro Sonoro"



Clique aqui para ver o arquivo ou leia abaixo.


Introdução conceitual.
O som é produzido ao criarmos algum tipo de mecanismo que altere a pressão do ar em nossa volta. Na verdade, para a produção do som, é mais importante a velocidade com que a pressão varia do que o seu valor absoluto. Por essa razão é que um balão cheio de ar não faz praticamente nenhum barulho ao deixarmos o ar sair de dentro dele naturalmente. Por outro lado, se o balão estourar (e o ar sair todo de uma vez), existe uma variação enorme da pressão e um ruído alto é produzido. Podemos então dizer que o som é produzido ao colocarmos uma quantidade (massa) de ar em movimento. É a variação da pressão sobre a massa de ar que causa os diferentes sons, dentre eles os que são combinados para criar a música. [1] O som possui algumas características intrínsecas que chamamos de qualidades fisiológicas do som. São elas altura, intensidade e timbre. A altura, se refere à frequência com que essas oscilações ocorrem. Quanto maior o número de oscilações por unidade de tempo, ou, de forma mais simples, quanto maior a frequência, mais alto (agudo) é o som. Em contrapartida, o som será mais baixo (grave) quanto menor for sua frequência.  Interessante é o fato de que o ser humano apenas consegue perceber (e, por consequência, distinguir) sons de frequências entre 20 Hz e 20000 Hz, por maior que sejam suas respectivas intensidades. Sons de frequência abaixo do limite inferior e acima do limite superior são, respectivamente, chamados infrassons e ultrassons. [2] A intensidade I de uma onda sonora em uma superfície é a taxa média por unidade de área com a qual a energia contida na onda atravessa a superfície ou é absorvida pela superfície. Matematicamente é  , onde P é a taxa de variação com o tempo da transferência de energia (potência) da onda sonora e A é a área da superfície que intercepta o som.[3] A intensidade é medida em watt/metro². O ouvido humano reage a intensidades que abrangem uma faixa enorme desde 10-12 W/m² (o limiar da audição) até mais de 1 W/m² (limiar da dor). Como estas faixas de valores é muito grande, utilizam–se escalas de potências de 10 para as intensidades, em que a intensidade dificilmente audível de 10-12 W/m² é tomada como a intensidade de referência e é chamada de 0 bel. Um som com intensidade dez vezes maior (10-11 W/m²) tem intensidade de 1 bel ou 10 decibels. Um som de 2 bels ou 20 decibels (10-10 W/m²) é 100 vezes maior que o limiar da audição. [4] Dois sons de mesma intensidade e altura ainda podem diferir por outra qualidade que chamamos de timbre do som. Assim, nosso ouvido distingue claramente a diferença entre a mesma nota lá emitida por um piano, violino, flauta ou pela voz humano, por exemplo. O timbre representa uma espécie de “coloração” do som.[5]
A maior parte dos sons que escutamos são ruídos. O ruído corresponde a uma vibração irregular do tímpano produzida por alguma vibração irregular em sua vizinhança, uma confusão de comprimentos de ondas e amplitudes. A música é a arte do som e tem características diferentes. O som musical tem características próprias, possuído tons periódicas – ou notas musicais.[4] As notas musicais correspondem a sons com certas frequências bem determinadas obedecendo a convenções estabelecidas historicamente. A razão entre as notas musicais de frequências f1 e f2 é chamado de intervalo. O caso particular em que f2 = 2f1 dizemos que é um intervalo de oitava e os dois sons são percebidos como mesma nota em alturas diferentes. A tabela abaixo dá os intervalos fn/f1 entre dó e as demais notas na escala diatônica maior natural, entre cada duas notas consecutivas.
Nota
Mi
Sol
Si
fn/f1
1
9/8
5/4
4/3
3/2
5/3
15/8
2

Por exemplo, a frequência da nota musical Dó (dó uníssono) é 132,00 Hz. Aplicando os intervalos acima, podemos escrever a escala conhecida como Dó Maior
Nota
Mi
Sol
Si
F (Hz)
132,00
148,5
165
176
198
220
247,5
264
Os sons musicais são produzidos por dispositivos denominados instrumentos musicais, que podem ser classificados como instrumentos de corda, sopro ou percussão.
Nos instrumentos de cordas, o som é produzido pela vibração de uma corda, quando esta é friccionada ou percutida. Como as cordas são muito finas, deslocam pequenas quantidades de ar que provoca um som emitido de baixa intensidade. Então esta vibração é geralmente amplificada, acoplando as cordas às chamadas caixas de ressonância. Exemplos deste tipo de instrumentos são o violão, o violino, a viola, a guitarra ou o contrabaixo. A qualidade sonora destes instrumentos depende da combinação entre as cordas utilizadas e a caixa de ressonância que na maioria das vezes é feita em madeira. [6]
Uma dada corda pode oscilar de diversas formas, conforme a imagem abaixo:

Figura 1 - Harmônicos em uma corda
 
 








·         Em [a], dizemos que a corda está vibrando em seu 1º harmônico, e a frequência de vibração correspondente é denominada frequência fundamental f.
·         Em [b], a corda está vibrando em seu 2º harmônico, e sua frequência de vibração é 2f.
·         Em [c], a corda vibra em seu 3º harmônico, e sua frequência é 3f.
Observando a figura 1, vemos que em [a], quando a corda está vibrando em sua frequência fundamental, seu comprimento L corresponde à metade do comprimento de onda (λ/2) estabelecida na corda. Portanto λ = 2L. Sendo , logo  (1) A frequência do som emitido pela corda depende da velocidade v de propagação da onda na corda e de seu comprimento L. O valor de v pode ser obtido pela Lei Taylor:  (2), onde T é a força com que a corda é tracionada e µ é a massa por unidade de comprimento da corda, denominada densidade linear da corda. Combinando as expressões (1) e (2), podemos expressar a frequência do som emitido por pela corda em vibração da seguinte maneira:  . (3)

domingo, 25 de fevereiro de 2018

Equilíbrio de um corpo extenso.

Equilíbrio Estático de um corpo extenso

Borges e Nicolau

Fonte: http://osfundamentosdafisica.blogspot.com.br/2016/12/cursos-do-blog-mecanica_12.html

Uma barra homogênea de comprimento 4 m e de peso P = 12 N está apoiada nos pontos A e B, conforme a figura.


Vamos determinar as intensidades das forças FA e FB que os apoios exercem na barra. Na figura, a seguir, estãoBrepresentadas as forças que agem na barra. Note que o peso P está aplicado no centro geométrico da barra poisBela é homogênea.


Podemos impor que a força resultante é nula, ou seja: 

FA + FB = P => FA + FB = 12 (1)

A condição força resultante nula deve ser imposta para que a barra não sofra translação. Entretanto, a barra pode girar. Tome, por exemplo, o ponto de apoio B como referência. A força FA tende a girar a barra em torno de B, no sentido horário e o peso P tende a girar a barra em torno de B, no sentido anti-horário.


A grandeza que mede a eficiência de uma força em produzir rotação chama-se momento de força (ou torque) e é dada pelo produto da intensidade da força pela distância do ponto considerado (no caso o ponto B) até a linha de ação da força. Para que a barra não gire impomos que o momento de FA em torno de B (no sentido horário) deve ser igual ao momento de P em torno de B (no sentido anti-horário).

MFA MP =>  P.d - FA.d= 0 => FA.3 - 12.1 = 0 => FA = 4 N.
De (1) resulta: FB = 8 N

Resumindo: para o equilíbrio de um corpo extenso devemos impor: 

1º) Equilíbrio de Translação: 
Força resultante nula. Esta condição é imposta considerando a soma das intensidades das forças para cima igual à soma das  intensidades das forças para baixo. E a soma das intensidades das forças para a direita igual à soma das intensidades das forças para a esquerda.  

2º) Equilíbrio de rotação: 
Neste caso, escolhemos um ponto e impomos que a soma dos momentos das forças que tendem a produzir rotação no sentido horário é igual à soma dos momentos das forças que tendem a produzir rotação no sentido anti-horário


Balançando
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